Quem vai usar isso?





Uma das perguntas que nós (que trabalhamos com moda) mais ouvimos é “Mas quem usaria isso?”. A cara de espanto não é pra menos. Grandes metragens de tecido criam formas de proporções gigantescas sobre a passarela, enchendo os olhos dos espectadores. Estilistas se valem de todas as alternativas possíveis para fazer com que entendamos a essência da coleção. 

A ideia [quase sempre] é que as roupas desfiladas mostrem a atmosfera das inspirações da coleção. A passarela é como uma galeria de arte: por ela passam verdadeiras obras, pensadas para suprir uma necessidade encontrada no mercado. 

As criações buscam encantar e envolver os espectadores nas referências que o estilista utilizou para materializar tecidos, formas, cores, recortes e detalhes que fariam com que você desejasse uma roupa. 

Um case muito interessante é este abaixo: o desfile de Mary Katrantzou em Londres brincou com a estética dos selos. Formas, cores, tipografias e desenhos mesclaram as referências da estilista à fluidez de alguns tecidos e à rigidez de outros.












Agora veja a coleção que está sendo comercializada no Moda Operandi:











Viu a diferença? Se as roupas comerciais fossem desfiladas na Semana de Moda de Londres, teriam o mesmo impacto? 

Você viajaria pelo mundo da filatelia da mesma forma? 

Encare os desfiles como uma expressão bruta das ideias. A lapidação delas acontece quando as peças vão parar nas vitrines. 

“Mas as peças que desfilaram não estarão à venda?” Com certeza! Além de lindas, muito bem acabadas e com um design de superfície incrível (marca registrada de Mary Katrantzou) estas peças rechearão o guarda-roupas de personalidades com grande poder aquisitivo e uma dose coerente de excentricidade.





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