E a moda voa….

Confesso que acho muito bonito e muito inteligente a construção de looks pelos estilistas. Todo o suor em desenvolver uma peça que combine com outra peça, e coisa e tal.Acho muito interessante também ver como as pessoas se encaixam nesses moldes prontos que os estilistas desenvolvem.Mas vejo nessas pessoas uma inconstância de personalidade muito grande.Todos aqueles que estudam processos psicológicos, processos de criação, questões de comportamento hão de convir que não é necessário trocar seu guarda-roupas a cada 6 meses porque a “moda está ultrapassada”.Isso não existe.O que fica ultrapassado na moda é a cara da roupa, o processo criativo utilizado para desenvolvê-la.O vestuário é reflexo do contexto social, político, histórico, econômico que se vive.Exato!A moda é reflexo daquilo que vivemos como mencionei atrás.Por isso a moda muda tão depressa. Nosso contexto é muito volátil, ao contrário das décadas passadas, onde se podiam evidenciar períodos históricos como as décadas de 30, 40, 70, 80…A moda hoje muda muito depressa.O que não pode mudar tão depressa é nosso modo de ver esta realidade, nosso modo de lidar com este contexto altamente mutável.Nossa personalidade não deve ser volátil. Um dos conceitos mais importantes que aprendi é que aquele que tem uma personalidade formada, um estilo formado, utiliza os elementos da moda para compor um painel visual de sua personalidade. As outras utilizam aqueles looks prontos para tentar pertencer a esta realidade volátil. “Faça aquilo que você quer não o que querem que você faça”.Repito: não somos escravos de uma roupa, ela é nossa escrava. Nós a compramos, nós a vestimos, nós a controlamos. O processo de escolha da roupa deve se dar pelo que se sente ou pelo que se deseja sentir.A roupa deve realçar seu ego, deve mostrar aos outros quem é você e como eles devem se aproximar (ou não) de você.Dica de saúde: mostre quem é você, mas tenha bom gosto! Mais adiante vou mostrando como talvez você se mostre e como talvez os outros o vejam.