A arte da fotografia homoerótica



     Apesar das décadas de 60 e 70 simbolizarem um período de liberdade e aceitação ideológica, a arte de Alair Gomes foi repudiada e desprezada por conter sua essência de forma tão explícita. Filósofo, crítico de arte, colecionador de artes, bibliófilo e professor universitário, Alair se dedicou a fotografar aquilo que lhe dava prazer. Do alto de sua sacada em frente a praia de Ipanema, ele retratava os homens que se exercitavam á beira mar.
       Em diversas poses, os homens que Alair fotografava faziam referência às obras gregas e renascentistas, dotadas de sensualidade, beleza, furor e jovialidade em resposta à sua bagagem cultural. Segundo ele mesmo dizia, seu trabalho nunca foi inspirado apenas por uma estigmação sociocultural ou um fator exterior, “foi a admiração pura, carnal ou não, que guiou inicialmente a escolha do meu tema. Segundo meu estranho ponto de vista, fui até um pouco subversivo”
    Suas obras foram destratadas por curadores da época por conter esse caráter homoerótico e tachadas de subversivas. Somente depois de sua morte é que seu trabalho teve o devido valor reconhecido: Alair ganhou uma exposição em Paris, na prestigiada Fundação Cartier, sob a curadoria de Hervé Chandès.
     O fato aqui, é que considero Alair o pioneiro no Brasil em matéria de fotografia com fundo homoerótico. Seu trabalho é marcante porque, assim como Justin Monroe (outro expoente da fotografia homoerótica) seus homens são dotados de virilidade, beleza, sobriedade e atitude.
      Confira alguns shots dos fotógrafos.



Alair Gomes


Alair Gomes


Alair Gomes


Alair Gomes


Justin Monroe


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