Moda + Arte


As referências são nítidas. Ainda mais no desfile da Erika Ikezili.
Ok, posso estar sendo repetitivo demais ao falar de novo de moda e arte como duas irmãs, que se dedicam a expressar, de formas distintas, o comportamento as inspirações do artista (leia-se também, designer). É muito bacana entender os processos que levam os criadores a produzir suas obras, entender como e onde eles encontram suas inspirações.
Em geral, os trabalhos mais legais são aqueles que evidenciam comportamentos e ideias expressos por determinado grupo social. Vale sempre a pena ir a algumas exposições, visitar museus, galerias, instalações, prédios históricos e se informar sobre espetáculos que acontecem à sua volta.
O mundo transpira e inspira ao mesmo tempo os elementos que permeiam a forma como nós vivemos.

Vamos fazer o seguinte: tomemos por exemplo a obra de Kumi Yamashita. Ela projeta uma luz sobre vários elementos e a sombra acaba nos revelando formas humanas e animais que denotam (ou conotam) a construção – ou a desconstrução – deste ser. Se você parar para pensar, alguns de nós, seres humanos, nos construímos, nos moldamos, e outros se destroem. Nunca se viu, de uma forma tão escancarada, a degradação do ser humano em função de drogas, de violência e do desamor ao seu corpo. Não seria a obra de Yamashita uma forma de anunciar que o que ela mais vê e o que mais a impressiona é essa degradação? 
Por outro lado, temos ainda a ideia de que somos “construíveis”. Somos feitos de vários “pedacinhos” de uma cultura que está se regerando. Nosso passado e o nosso presente nos modelam para que nos tornemos seres completos.
E você, se constrói ou se destrói?



Por Doug Oberherr

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