Moda Insights 2010: Diferencial Competitivo e Identidade de Marca

 O segundo dia do Moda Insights foi marcado pela sobriedade da Juliana Laguna ao falar sobre a importância de focar no pensamento estratégico de uma marca. Design, moda, tendências e criatividade são fatores inerentes ao processo de criação de uma marca, porém muitas se esquecem de planejar seu crescimento, adotar uma postura administrativa que além de propor metas de crescimento vise uma forma eficaz de comunicação.

Por meio da apresentação de duas marcas fortes – a Rödel LA e a Vulgo – Ju procurou inserir no contexto de muitos estudantes presentes uma consciência voltada para a valorização de propostas palpáveis e mensuráveis de implementação e expansão de uma marca.

Nas palavras da Ju, “o sucesso de uma marca depende muito da forma como ela toca o consumidor. Para isso é necessário que ela conheça sua própria identidade, delimite seus objetivos, suas estratégias; identifique quem consome a marca e a forma pela qual ela se comunica com esse consumidor.”

No mercado atual não há espaço para marcas que não se diferenciam, não identificam sua essência, não sabem quem é o seu público e não tem um plano bem elaborado de comunicação.






O diferencial competitivo no mercado gaúcho      




Case 01: Helen Rödel – Rödel LA

A marca surgiu pela vontade da estilista e proprietária de fazer algo diferente. Ousar, expor sentimentos, experiências, sua bagagem cultural. O que começou com fotos tendo a própria estilista como modelo e o marido como fotógrafo se tornou um projeto que leva o DNA da criadora em sua assinatura.

Todos os elementos convergem para o mesmo ponto: a diferenciação.

Por natureza somos todos diferentes e é aí que reside a graça de todo e qualquer trabalho. Nossas visões são distintas e criam painéis imagéticos numa constante mudança. Para a Rödel não foi diferente. Por meio da junção do conhecimento empírico com uma auto-análise comportamental, Helen foi capaz de traduzir com fidelidade suas idéias, seus conceitos em um objeto vestível, dotado de sentimentos, de sensações, de provocações.







Case 02: Vulgo – Felipe e Antônio

“O produto é algo a que todos têm acesso, portanto, neste espaço é necessário se diferenciar por meio das sensações que se causa nas pessoas”.

A Vulgo se caracteriza pela forma como interage com seu público. Seja por meio de suas ações online (que são muitas) ou pela interação do cara a cara, a marca se diferencia das demais porque “força” (no bom sentido) um contato com o consumidor. Provoca uma reação. Estimula um sentimento.

Esse é o ponto-chave da apresentação. O que fazer (e como fazer) para não ser só mais um na multidão?

Os caras pegam pesado em matéria de comunicação. Digital, impressa, pixada, estampada, as campanhas revelam um comportamento artístico desde as criações à forma como elas se apresentam. A união com artistas da região e do Brasil é uma forma de tocar um público que preza pelo conteúdo da roupa e não apenas por causa do apelo comercial que ela tem.

Para os criadores, a identidade é o começo de tudo. Espontaneidade, bom humor, descontração, cor, atitude, movimento. Palavras que definem o espírito da marca e de quem consome os produtos.

Não é possível deixar de pensar num mercado que exige que se tenha algo a mais para oferecer. Para o blogueiro aqui, tudo o que se falou nos leva a aceitar o fato de que a moda é algo que não deve ser prioridade, mas a criação de um produto com alma, com apelo sentimental, que interaja com o consumidor pela relação que ele tem com a história de quem compra.

O consumidor não compra pelos olhos, compra pelo coração. Se a roupa não lhe transmitir um caráter de identidade, ela será descartada e estará fadada ao fracasso.

 
 





Vulgo e a relação com  os pontos de venda



                                                O posicionamento estratégico da Vulgo

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