Você é diferente


Ontem estava assistindo ao “De frente com Gabi” e a entrevistada era a Fernanda Young. Cara, que mulher incrível! Ela tem a capacidade de se diferenciar e ainda sim se manter parte de um contexto. Ela não tem a menor intenção de se excluir da sociedade, de viver à margem por ser diferente. Muito pelo contrário.

Em um determinado ponto da entrevista ela diz que fez uma tatuagem gigante nas costas e que o fez para poder se diferenciar. Para demonstrar sua rebeldia, dar seu grito de liberdade e dizer que ela era diferente, era ousada. Porém, depois de um tempo, isso perdeu a graça porque ela percebeu que ser diferente era não ter tatuagens.

Vocês percebem o que rolou aqui?
Se deram conta de que um movimento de rebeldia virou modismo e que, por isso mesmo, passou a ser parte da sociedade e não mais a sua margem?

Olho garotas e garotos reproduzindo em seus corpos versões macabras de uma maquiagem que era usada há décadas atrás como uma forma de expressar a tal da rebeldia, mas que o fazem hoje apenas para chocar. Eles querem ser como Fernanda Young e acreditar que vivem á margem da sociedade, mas estão mais arraigados nela do que imaginam.

É engraçado. Para não dizer triste.

Somos diferentes e não é uma maquiagem ou uma roupa que vai evidenciar essa diferença. Aceitar que seu olho não é igual ao meu, que seu cabelo não é igual ao meu, que a sua forma de comer não é igual à minha é crescimento. É desenvolvimento.

Você não precisa gritar que é diferente. Você o é e ponto final. Jamais vou discordar e jamais vou te deixar à margem de algo porque isso é discriminar.

E me diga, com toda a sinceridade, você gostaria de ser discriminado?

Olá, você é estranho!

Aceite!

Não veja como uma crítica, veja como uma afirmação de um fato que você mesmo criou.

Não somos iguais, amém!









Abração, Doug Oberherr


No comments

Muito obrigado pelo seu comentário. Em breve responderemos e liberaremos ele na postagem. Abraços

Powered by Blogger.