Brasilidade e sustentabilidade

Um dos pontos mais interessantes nesta edição da FIMEC foi a preocupação de algumas marcas com o que realmente vale a pena para nós: nossa cultura e nosso planeta. Dando umas voltas pela feira encontrei o estande da Endutex, sob a batuta publicitária do Sérgio Setti. O que tinha de diferente? Olhem as fotos.

O cara focou toda a campanha na brasilidade do trabalho do incrível e fofo J. Borges. O cara é um dos (senão O MAIS) importante expoente da xilogravura que se conhece. A raridade do trabalho dele se traduz na expressão de seu cotidiano em entalhes na madeira, coisa que ele faz com maestria pela simplicidade e a força das expressões. Pois bem, tudo isso serviu de base para que a marca trabalhasse com o festejo do maracatu em sua campanha, aliada ao conceito da brasilidade, das festas, das culturas, das vivas cores em nosso cardápio, nossas roupas, nossas casas. Ponto para a marca que aposta no Brasil como o melhor tema para se trabalhar.

Ah, no estande, uma enooorme parede de pau a pique com direito a cactus e no interior do espaço um banquete hiperbrasileiro: bolo de rolo, rapadura e tapioca servidos aos visitantes.

Quem me chamou atenção também foram três outras empresas de componentes, a Getti , a Killing e a Cipatex. A Killing e a Getti com campanhas super declaradas de preservação da natureza. Com slogans como “sustentabilidade para a vida: nós trabalhamos para isto” e “Repense, Recicle!”, Killing e Getti entram de sola (perdão do trocadilho calçadista) e mostram que a preservação do meio em que vivemos é mais que necessária. A começar pela indústria de componentes. Ponto para eles também.

A Cipatex apostou na apresentação de um trabalho rústico e cheio de expressão. Seu estande foi recoberto por uma película que simulava uma casca gigantesca de árvore. Tendência ou não, o material sintético fez uma boa representação da preocupação com a utilização de novas formas de criar padrões naturais sem, de fato, agredir e prejudicar a natureza. Ponto para eles também.